Compliance & Governança Corporativa Ebanx

Relatório Anual 2021 - Gerenciamento de Risco de Liquidez do EBANX - IP

23 de setembro de 2022

  1. Objetivo

  2. Conceito de Risco de Liquidez

  3. Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez

  4. Responsabilidades

  5. Gerenciamento do Risco de Liquidez

  6. Plano de Contingência de Liquidez

  7. Disposições finais



1. Objetivo

Em atendimento à Circular BACEN nº 3.681 de 04 de novembro de 2013, Artigo 6º, o objetivo deste relatório é demonstrar a estrutura de gerenciamento de risco de liquidez existente no EBANX IP (JUNO) e seus principais pontos de atuação.



2. Conceito de Risco de Liquidez

Conforme a Circular 3.681/2013 do Banco Central do Brasil em seu Artigo 2º, Inciso II, o risco de liquidez para instituições de pagamentos define-se como: “...a possibilidade de a instituição de pagamento:

a) não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e

b) não ser capaz de converter moeda eletrônica em moeda física ou escritural no momento da solicitação do usuário’’;



3. Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez

Com o objetivo de controlar e mitigar o risco de liquidez, adotamos a estrutura e o conceito de 3 linhas para o gerenciamento de riscos de liquidez, de forma a assegurar o cumprimento dos requisitos definidos na legislação.

A estrutura se divide em :

  • 1º Linha - Áreas Operacionais e de Suporte: responsáveis pela identificação e monitoramento dos riscos, execução dos planos de ação conforme a metodologia estabelecida.

  • 2º Linha - Gestão de Riscos, Compliance & Controles Internos: responsáveis pela identificação, mensuração, mitigação e monitoramento dos riscos aos quais a organização está exposta, além de apoio às Áreas Operacionais/de Negócios nas atribuições para garantir a conformidade com políticas internas e externas. Dentro do escopo de Gestão de Riscos está a responsabilidade pela administração dos riscos de liquidez, crédito e operacional.

  • 3º Linha - Auditoria Interna: responsável pela avaliação, recorrente e autônoma da efetividade e regularidade dos processos operacionais , incluindo os relacionados à gestão de riscos.

A estrutura de Gerenciamento de Risco de Liquidez no EBANX - IP é compatível com a natureza de suas operações, bem como com a complexidade dos produtos e serviços prestados. A mesma foi dimensionada de acordo com a exposição aos potenciais riscos identificados e está sob a estrutura da área de Gestão Integrada de Riscos, a qual é segregada das áreas de negócio e de suporte, e das atividades de Auditoria Interna, garantindo assim a independência e o gerenciamento complementar entre as diversas áreas.

A equipe de Gestão de Riscos atua com o objetivo de controlar a exposição ao risco de liquidez em diferentes horizontes de tempo. Para isto, acompanha a execução dos procedimentos na primeira linha e realiza os reportes de monitoramento.

Periodicamente são avaliados os planos de contingência de liquidez, que estabelecem as responsabilidades e procedimentos para enfrentar as situações de estresse de liquidez, no qual avalia-se também a sua compatibilidade com eventuais alterações na exposição ao risco de liquidez.

As políticas, normas e estratégias relacionadas ao gerenciamento de risco de liquidez são elaboradas pela equipe de Gestão de Riscos e submetidas à aprovação da Diretoria. Esses documentos são revisados, no mínimo, anualmente ou em casos de alterações significativas na exposição ao risco de liquidez.

As atividades relacionadas aos serviços de pagamentos prestados e o monitoramento das ações mitigadoras à exposição ao risco de liquidez estão incluídas no plano de continuidade do negócio da IP, o qual é revisado no mínimo anualmente e testado periodicamente.



4. Responsabilidades

4.1. Diretoria:

  • Aprovar e revisar, anualmente, a Política de Gestão de Risco de Liquidez , incluindo as diretrizes para avaliação e acompanhamento de risco.

  • Aprovar e revisar, anualmente, o Relatório Anual e o Plano de Contingência de Liquidez, incluindo as estratégias para contenção dos cenários de risco de liquidez.

  • Assegurar a existência de procedimentos e recursos adequados para a execução das atividades relacionadas ao gerenciamento do risco de liquidez.



4.2. Gestão Integrada de Riscos:

  • Acompanhar as exposições e indicadores de liquidez da organização versus os limites estabelecidos anteriormente com a área Financeira e a Diretoria.

  • Apoiar a área Financeira na avaliação dos riscos de novas operações, posições ou estratégias.

  • Realizar o monitoramento e elaboração de reportes à Diretoria.

  • Elaborar relatório anual sobre a estrutura de gerenciamento do risco de liquidez.

  • Revisar anualmente ou sempre que for necessário, o Plano de Contingência de Liquidez em conjunto com a área Financeira e a Diretoria.



4.3. Área Financeira:

  • Realizar o acompanhamento diário dos indicadores de Liquidez, além de monitorar os fatores internos e/ externos que podem afetar o limite mínimo de liquidez (LML).

  • Em caso de situações de estresse do indicador de LML , ativar e executar o Plano de Contingência de Liquidez, quando necessário.

  • Estabelecer estratégias de atuação, dentro dos limites estabelecidos anteriormente.

  • Elaborar e formalizar os documentos relacionados às situações de estresse e ativação do Plano de Contingência, como por exemplo: a Avaliação de Eficácia e o Termo de Encerramento.



5. Gerenciamento do Risco de Liquidez

Devido à complexidade e diversidade de fatores de risco, o gerenciamento do risco de liquidez ocorre através da combinação de diversos indicadores e monitoramentos. Além dos controles e indicadores das áreas Financeira, a área de Gestão de Riscos acompanha os indicadores de liquidez, de forma independente. E em caso de extrapolação dos limites mínimos, a área solicita a tomada de providências para o devido enquadramento aos limites previamente estabelecidos.

Também é estabelecido um colchão mínimo de liquidez para que, em caso de  necessidade de recuperação de liquidez, o recurso possa ser prontamente convertido em caixa.



6. Plano de Contingência de Liquidez

O plano de contingência de liquidez é um documento interno com o objetivo de estabelecer parâmetros para a avaliação do nível de liquidez, bem como define as ações e estratégias que devem ser colocadas em prática nas situações em que a liquidez esteja abaixo dos níveis estabelecidos e aprovados.

A estrutura do plano de contingência contém as seguintes informações:

  • Identificação dos responsáveis pela ativação e desativação deste plano;

  • dentificação dos ativos operacionais indispensáveis para iniciação e operação deste plano, como: meios de comunicação (endereços de e-mail, celulares ou canais do slack), sistemas aplicativos, relatórios oficiais e outros recursos necessários.

  • Relação dos eventos que serão os gatilhos de ativação do plano, ex: ruptura do limite de liquidez, eventos de mercado e outros.

  • Plano de comunicação para acionamento, condução e desativação do plano.

  • Identificação do cenário a ser tratado (tipo de crise, nível de severidade, prazo para restabelecimento da Liquidez);

  • Identificação dos fluxos financeiros afetados;

  • Relação de documentações que devem ser elaboradas sobre a ativação, medidas tomadas e desativação do plano.

Esta documentação possui revisão mínima anual ou sempre que for necessário.



7. Disposições Finais

Este documento ficará à disposição do Banco Central do Brasil (BACEN) por tempo indeterminado.

Conforme determina o Art. 5º § 1º “O conselho de administração ou, na sua inexistência, a diretoria da instituição, deve fazer constar do relatório mencionado no caput sua responsabilidade pelas informações divulgadas”.